Party: Correspondant Night w/ Jennifer Cardini x Massimiliano Pagliara x Zombies In Miami
Main page > Lux Frágil > Correspondant Night w/ Jennifer Cardini x Massimiliano Pagliara x Zombies In Miami
You will be the first one to know when pictures are uploaded!
■ Jennifer Cardini ■
Cresceu a ouvir new wave, pop e rock - mais tarde, as paisagens sónicas de Aphex Twin foram o seu portal de entrada para o som dançável de Colónia e de Detroit. O tempo e a experiência fizeram de Jennifer Cardini uma DJ seminal, conhecida pelos seus sets eclécticos, que serpenteiam entre o techno experimental e o nu disco saturado, passando pelo acid mais narcótico.
Tudo começou a tomar forma quando se mudou para Paris em 1998, onde foi pioneira do som mais cru de Berlim. Rapidamente foi recrutada como residente em dois dos clube mais influentes da cidade da luz, o Le Pulp e o Rex Club. Entretanto decidiu chamar casa a Colónia, mas a segunda residência parisiense mantém-se até hoje - e é também no Rex que regularmente acontecem as suas festas Correspondant.
Entre lançamentos em nome próprio em editoras incontornáveis como Crosstown Rebels, Mobilee, Kill the DJ e Kompakt e tournées internacionais com passagem em clubes tão basilares como Panorama Bar, Nitsa ou Fabric, Cardini desenvolveu uma visão artística clara. Ao fundar a sua editora Correspondant, materializou essa visão numa plataforma criativa cheia de coesão estética, juntando o valioso capital humano e artístico de gente como Patrice Baumel, Zombies In Miami, Borusiade ou Red Axes em dezenas de discos que povoaram o imaginário colectivo do clubbing da última meia década.
Mas a experiência Correspondant está longe de se esgotar nos discos: é por isso que Jennifer Cardini leva esta sua família por toda a Europa, criando noites inesquecíveis de tão cinemáticas. A comunhão entre artistas e público podia bem ser o lema que resume o espírito destas festas. Venham fundir-se connosco.
\\ ENGLISH VERSION //
She grew up listening to new new wave, pop and rock - and later on, Aphex Twin's sonic landscapes were her gateway to the danceable sound of Detroit and Cologne. Time and experience made Jennifer Cardini a seminal DJ, known for her eclectic sets that effortlessly juggle between experimental techno, saturated nu disco and narcotic acid.
It all started to gain shape when she moved to Paris in 1998, where she pioneered the raw Berlin sound. She was quickly recruited as a resident in two of the most influential clubs of the city of light, Le Pulp and Rex Club. Since then she has decided to call Cologne home instead, but the parisian Rex residency still stands - and that's also where her Correspondant nights happen regularly.
While releasing her own music on essential labels like Crosstown Rebels Mobilee, Kill the DJ and Kompakt and touring the world with performances at seminal clubs like Panorama Bar, Nitsa or Fabric, Cardini developed a clear artistic vision. By founding her label Correspondant, she materialized that vision in a creative platform that is bursting with aesthetic cohesion, bringing together the invaluable human and artistic capital of people like Patrice Baumel, Zombies In Miami, Borusiade ou Red Axes in tens of records that went on to inspire the collective clubbing imagery in the past five years.
But the Correspondant experience is far from being limited to the records: that's why Jennifer Cardini takes this family of hers throughout Europe, creating unforgettable, cinematic nights. A sense of oneness between artists and crowd could very well be the motto that encapsulates the spirit of these parties. Come and become one with us.
■ Massimiliano Pagliara ■
Em 2002, no seu incontornável mix-CD "Radio Caroline", Miss Kittin confessava que não confia em DJs que não sabem dançar. Pois no caso de Massimiliano Pagliara, esta íntima relação entre o DJing e a dança não podia ser mais concreta e real. Massi nasceu no Sul da Itália, mudando-se para Milão em 1997 para estudar teatro, dança e coreografia. Seguiu depois para Berlim para aprofundar os seus estudos em dança contemporânea, formalizando um percurso de fascínio pelo movimento do corpo que não é apenas esporádico e lúdico mas que é também académico. Nesta jornada desenvolve um igual fascínio pela outra variável desta equação: a música de dança.
É enquanto clubber, na riquíssima cena musical de Berlim, a dançar nas pistas de clubes como o Ostgut (precursor do Berghain), que Massimiliano mergulha fundo no mundo da música electrónica, algo que o leva a comprar o seu primeiro sintetizador Roland SH-101 - um clássico. Depois disso não mais olhou para trás; lança o seu primeiro disco na incrível Balihu, de Daniel Wang, seguindo-se as edições em selos como Live At Robert Johnson, Rush Hour ou Meakusma. Coincidência ou não, a sua música incorpora elementos da música de dança mais icónica do seu país natal: o italo-disco. Outra coordenada importante para entender a sua música é a house de Chicago do final dos 1980s, com o seu funk maquinal e síncope tribal criados em máquinas de ritmos e sintetizadores tão primitivas como icónicas.
Esse fascínio pela música para dançar dos anos 80 estende-se também à tecnologia musical dessa era, e a sua devoção aos métodos de produção originais do italo-disco e da primeira house music é algo que o distingue de muitos dos seus pares. Longe de se ficar apenas pelo decifrar dos códigos originais, Massimiliano dá tudo na sua música, conferindo-lhe alma e animando-a dessa intíma relação que tem com o corpo e a pista, aventurando-se sem medo por BPMs mais arrastados, sedutores e intimistas. Esse romance do movimento torna-o num artista de álbums (coisa rara no universo da música de dança) e de sessões audaciosas enquanto DJ, com um forte sentido de narrativa e um vasto conhecimento do passado e do presente. É para DJs como Massi que a máquina de sonhos de Sta. Apolónia foi desenhada. A não perder.
\\ ENGLISH VERSION //
In 2002, on her game-changing mix-CD "Radio Caroline", Miss Kittin confessed that she didn't trust DJs that can't dance. In Massimiliano Pagliara's case, this intimate exchange between DJing and dance couldn't more actual and evident. Massi was born in the South of Italy, moving to Milan in 1997 to study theatre, dance and choreography. He then moved to Berlin to further his studies in contemporary dance, threading a path of fascination for the movement of the body that's not just sporadic and playful but also academic. During this journey he develops an equally intense fascination for the other variable in this equation: dance music.
It's as a clubber, exploring the vastly rich musical scene of Berlin and getting down on dancefloors such as Ostgut (later to become Berghain), that Massimiliano plunges deep into the world of electronic music, which eventually leads to the purchase of his first classic synth - a Roland SH-101. From then on, Massi didn't look back; he released his first record on Daniel Wang's incredible Balihu label and follows it with releases on other key imprints such as Live At Robert Johnson, Rush Hour or Meakusma. Coincidence or not, his music arks back to the most iconic dance music style from his home country: italo-disco. Another crucial coordenate to understand his music is the late 80s house sound from Chicago, with its machine-like funk e tribal syncopation, created in drum machines and synths that are as primitive as they are iconic.
Massimiliano Pagliara's fascination for dance music from the 80s also extends to the music-technology of the era, and his devotion to the original production methods of italo-disco and early house does set him apart from a lot of his peers. But far from just sticking to the original codes, Massi gives it all that he's got in his music, breathing soul into and adding that same quality that comes from an intimate understanding of the body and the dancefloor. This allows him to venture fearlessly through sleazier, more seductive BPMs. This same romance of the movement makes him thrive in the album format (something rare in dance music) as well as in adventurous DJ sessions with strong sense of narrative and a vast knowledge of the past and present. It was for DJs like Massi that the dream-machine of Sta. Apolónia was created. Not to be missed.
■ Zombies in Miami ■
Bem no coração do México, na cidade de Aguascalientes, nasceu o projecto Zombies in Miami. Jenice e Canibal são marido e mulher e partilham uma química inegável que se revela tão contagiosa nas suas apresentações ao vivo em formato live act como no seu já respeitável catálogo discográfico.
Juntos criam uma marca própria de techno imersivo e desacelerado, com influências italo, electro, funk e um híbrido ao qual chamam wild disco. É um som entusiasmante de tão novo: soa a feitiçaria de sintetizadores pontuada por efeitos etéreos, batidas pujantes e vocalizações inventivas e angelicais em partes iguais.
A música desta dupla conta já com edições na Correspondant de Jennifer Cardini, claro, mas também na Love On The Rocks de Paramida e na Bordello A Parigi. Como remisturadores, já viram o seu trabalho ser publicado em selos tão estabelecidos como a alemã Kompakt ou a Cómeme de Matuas Aguayo.
Depois de muitos anos a apresentar seu live-act energético e misterioso um pouco por todo o México, captaram a merecida atenção global nos últimos tempos, o que já os levou em tournée pelos Estados Unidos e pela Europa e a partilhar palcos com artistas tão respeitados como Cosmo Vitelli, Rebolledo, Pachanga Boys, Barnt, Daniel Maloso ou Philipp Gorbachev.
Um banquete sónico de cores e texturas, simultaneamente sombrio e luminoso, fresco e ancestral. Senhoras e senhores, meninos e meninas, abram o coração e a mente para os Zombies In Miami.
\\ ENGLISH VERSION //
In the heart of Mexico, in the city of Aguascalientes - that's where Zombies in Miami started. Jenice and Canibal are husband and wife and share an undeniable chemistry that proves as contagious in their live act performances as well as in their respectable discography.
Together, they create their very own brand of immersive, slow-burning techno, tinged with italo, electro, funk and even a hybrid they call wild disco. It's a refreshing, exciting sound: it feels like a kind of synth sorcery, punctuated by ethereal effects, crisp beats and vocals that sound inventive and heavenly in equal parts.
The duo's music has been released by Jennifer Cardini's Correspondant as well as Paramida's Love On The Rocks and Bordello A Parigi. As remixers, their work has been put out by established houses like German label Kompakt or Matias Aguayo's Cómeme.
After many years taking their energetic, mysterious live acts around Mexico, they've garnered well-deserved global attention as of late, and that has taken them on tour throughout the US and Europe alongside revered artists like Cosmo Vitelli, Rebolledo, Pachanga Boys, Barnt, Daniel Maloso or Philipp Gorbachev.
A sonic feast of colours and textures, simultaneously somber and luminous, ancestral and fresh. Ladies and gentlemen, boys and girls, open your hearts and minds to the sounds of Zombies in Miami.
- Inês Coutinho